Dona Selma do Côco – Minha História

3 de março de 2008 às 22:39 | Publicado em Dona Selma do Côco | Deixe um comentário

Dona de uma irônica e contagiante risada, Selma do Coco começou a sentir um gostinho de fama há cerca de três anos, quando lançou a música ” A Rolinha”, que se transformou em surpreendente sucesso, sendo muito cantada até no Carnaval de 97 e regravada por vários artistas e grupos.

Mas o registro que alcançou repercussão nacional, abrindo espaços em programas como Jô Soares Onze e Meia e Domingão do Faustão, foi feito pela própria Selma, que, por ser mulher e, principalmente, idosa, deixou muita gente boquiaberta com os versos da música: “Oi pega, pega, pega, / pega, pega a minha rola”.

Uma das ganhadoras do Prêmio Sharp 99, com música “Minha História”, Selma do Coco é hoje a mais conhecida representante de uma vertente meio satírica, meio maliciosa, de um ritmo cujas origens remontam ao Quilombo dos Palmares, no século XVII.

Naquela época, ao saírem para apanhar os frutos dos coqueiros, os negros reuniam-se em grupos na hora de quebrá-los – colocando-os sobre uma pedra e batendo neles com outra – e terminaram criando o que se poderia chamar de um dos primeiros “naipes” de percussão do Brasil. E como a música estava na alma e no corpo dos africanos e descendentes, sempre havia durante os “cocos” pessoas dispostas a dançar. O resultado é que o trabalho sempre terminava em festa. Nas senzalas, o ritmo, antes marcado pelas batidas das pedras nos cocos, passou a ser assinalado por palmas.

Nascida em Vitória de Santo Antão, a cerca de 60 quilômetros do Recife, Selma Ferreira da Silva começou a dançar e cantar coco ainda criança, seguindo uma tradição familiar iniciada há gerações e gerações. “Eu ia junto com meus pais e meus avós dançar o coco em lugares às vezes distantes de casa. Mas valia a pena, porque todo mundo gostava muito”, diz ela, assumindo um ar brincalhão ao lembrar que a festa normalmente acontecia em frente a “uma casa velha coberta e palha de coqueiro e toda arrudiada de candeeiro de pavio”. Texto tirado de MangueNIUS.

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