Centro Virtual de Cultura Batuque Brasileiro

Coco de Mazuca – Demo

Tudo começou no fértil bairro olindense de Peixinhos, local onde surgiu o grupo afro Lamento Negro. Foi nessa fonte que Chico Science buscou os músicos que mais tarde iriam formar a cozinha percussiva da sua Nação Zumbi. Também foi em Peixinhos que nasceu o Coco de Mazuca.

Peixinhos, assim como centenas de subúrbios ao redor do planeta, é riquíssimo culturalmente, e possui no “casting” da comunidade músicos e artistas, que usam as mais variadas formas de expressão para passar suas mensagens. Como em qualquer outro subúrbio, a pobreza e a violência também estão presentes no dia-a-dia do bairro, o que acabou se tornando um incentivo para que os talentosos jovens que lá residem procurassem conhecer melhor o passado do local. Peixinhos é historicamente um reduto de cultura afro, e concentra dezenas de terreiros de candomblé.

O Coco de Mazuca é um projeto de dois integrantes da Nação Zumbi (Toca Ogan e Gustavo Da Lua), juntamente com Marco Axé (músico que acompanha Otto), e é totalmente inspirado nos trabalhos realizados pela ex-mãe-de-santo Maruca e pelos pais-de-santo Seu Marinho e Seu Humberto, este falecido em 2004. Não bastasse toda essa bagagem cultural, o Coco de Mazuca segue a cartilha do Ogan João da Ciência – mestre que ensinou Toca Ogan a usar o ilú, instrumento usado pelo Ogan – nome genérico para diversas funções masculinas dentro de uma casa de candomblé.

Nas apresentações ao vivo do Coco de Mazuca, os pernambucanos sobem ao palco munidos de ilús, ganzás, congas e pandeiros. Além do trio fundador, músicos conterrâneos se juntam a eles, tornando assim cada apresentação única.

Coco de Mazuca no Rapidshare