Carlos Malta e Pife Muderno (1999)

28 de julho de 2009 às 18:12 | Publicado em carlos malta e pife muderno | Deixe um comentário

Primeiro disco do excelente trabalho de Carlos Malta com o Pife muderno !!!

Muita cultura popular !!!

Pife Rapidshare

Andanças – Recife – Pernambuco – Brasil

8 de setembro de 2008 às 20:56 | Publicado em carlos malta e pife muderno, Série "Andanças" | Deixe um comentário

MIMO 2008- Mostra Interncional de Música de Olinda

Olá, amigos e amigas do batuque! Estou de volta, depois de algum tempo sem postar as Andanças, o que não significa que eu tenha estado imóvel! hehe

Hoje a postagem vem compartilhar algumas sensações vivenciadas na MIMO 2008, que aconteceu de 1 a 7 de setembro em Olinda, PE. O evento promove a confluência da mais apurada música instrumental popular e erudita com a arte barroca das igrejas de Olinda, locais onde os concertos aconteceram. Tive o prazer de acompanhar os dois últimos dias de concerto, nos shows de Siba & Roberto Corrêa e do Carlos Malta, Pife Muderno & Banda Sinfônica Mangaio, que foram momentos inesquecíveis.

A MIMO é um evento que aborda a música instrumental tanto erudita quanto a popular, promovendo a união das duas formas e procurando artistas que se encaixam nessa idéia. Então tivemos concertos de vários nomes da música mundial, como o argetino Ramiro Musotto, o cubano Yasek Mansano, a sueca Sinfonieta Jonkoping, os argentinos do Antique Cordova Ensable, e os brasileiros: a Orquestra Sinfônica do Recife, SaGrama, Siba, o violeiro Roberto Corrêa, Egberto Gismonti, Carlos Malta & Pife Muderno, a paraibana Zabé da Loca… entre muitos outros.

Nesse Andanças, eu gostaria de comentar sobre 3 shows que me interessaram bastante.

Um foi o show de Zabé da Loca, simpática velhinha tocadora de pífe.


“Nascida há 84 anos em Buíque, agreste pernambucano, aos 7 anos arriscou as primeiras melodias nos pífanos, aquelas flautas rudimentares feitas inicialmente com bambu e depois adaptadas para soar com canos de PVC e de metal. Casou-se e foi morar no interior da Paraíba. Deu à luz três filhos e perdeu a casa onde vivia. A única saída foi reunir a família e ajeitar os pertences em uma gruta (uma ‘loca’, como dizem na região). Por lá residiu por 25 anos. A música de Zabé da Loca evoca a tradição das Bandas de Pífanos e vem embalada com a força ancestral da terra que nos dá o sustento. Força reverenciada pelo mago Hermeto Pascoal, com quem já se apresentou; pelos conterrâneos do Cabruêra, que estamparam os pés de Zabé na capa de um disco do grupo; por Makoto Kubota que incluiu uma de suas composições no álbum ‘Nordeste Atômico’, produzido para o Japão; e por Carlos Malta, que fez a direção musical do novo disco da artista, ‘Bom todo’, em turnê de lançamento.” Show muito inesquecível!

O outro foi do pernambucano Siba e do mineiro e violeiro Roberto Corrêa, numa parceria muito bonita.

“O pernambucano Siba foi um dos primeiros a usar rabeca no ambiente da música popular urbana e o mineiro Roberto Corrêa pioneiro na arte de tocar o repertório instrumental de concerto com violas caipira, nordestina e de cocho. Parceiros há muitos anos, são movidos a recriar com inventividade as tradições regionais, alargando a técnica e a estética de seus instrumentos.”
O show foi um misto de trabalhos particulares dos dois artistas, muitos causos que foram divertidíssimos e o dialogar das violas caipiras e de cocho de Roberto, com a rabeca e a viola nordestina de Siba. Cada músico tocou suas canções e outras de domínio público, com destaque para uma versão linda do “Vale do Jucá” de Siba, “Trem caipira”, de Villa-Lobos, em curiosa releitura de Roberto, “Siriema” (Nhô Pai e Mário Zan), que imita o canto dessa ave na viola. Também tocaram uma música da parceira dos dois que se materializará num cd que será lançado em janeiro de 2009, com o financiamento da Petrobrás.
Eu que sou uma grande admiradora de Siba e a viola caipira compõe minha história de vida, por meu pai e avô serem violeiros, fiquei impressionada com esse show, pela união dessas duas vertentes da música do sertão. A poesia das duas, como também os dois sotaques, se encaixaram lindamente numa harmonia impressionante!

O último concerto que gostaria de comentar é do virtuose Carlos Malta, seu Pife Muderno e a parceria com a Orquestra Mangaio, grupo de sopro formado por estudantes do Conservatório Pernambucano de Música.

“Inspirado no terno de pífanos nordestinos, o Pife Muderno funde com primor tradição e contemporaneidade” e apresentou na MIMO a suíte ‘Os elementos em 5 movimentos’, escrita por Malta. Essa obra traduz o diálogo entre a instrumentação sinfônica e uma banda de pife, no qual cada elemento (etéreo, fogo, água, ar e terra) é representado por um conjunto de sons e recriado através de ritmos, melodias e contracantos. O que Malta quis foi traduzir o Brasil em termos de fogo, água, terra, ar e etéreo, o que foi um espetáculo ímpar de apurada técnica, emoção e harmonia.
Um dos momentos mais intensos, foi quando Malta tocou uma flauta do ritual kuarup dos índios do Alto Xingu e antes invocou os mestres presentes em espírito, como o que ensinou a ele tocar o instrumento, os mestres do pífano e o saudoso Mestre Salú.
No fim do bis, ele, tocando seu pífe, junto com os músicos do Pife Muderno, a flautista Andrea Ernest e os percussionistas Oscar Bolão, Durval Pereira e Bernardo Aguiar, saíram em cortejo para fora da catedral da Sé e terminaram com uma sambada pelas ruas de Olinda. Inesquecível!

Foto: Beto Figueroa

Espero que tenham gostado desses passos de nossas Andanças, e que venham os próximos!

Sintam-se livres para comentários e sugestões!
grande abraço.

fontes consultadas e fotos: http://www.mimo.art.br , http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/09

Carlos Malta & Pife Muderno – Paru (2006)

21 de julho de 2008 às 22:17 | Publicado em carlos malta e pife muderno | Deixe um comentário


O CD é dedicado aos índios Yawalapitis do Alto Xingu, em especial ao grande pajé PARU, falecido um ano após o encontro mágico de sua tribo com Carlos Malta, acontecido no Memorial dos Povos Indígenas (DF), durante as comemorações ao dia do índio do ano 2000. Tendo recebido de presente algumas flautas fabricadas pelo próprio Pajé, Malta compôs 2 temas em homenagem a Paru: Toque de Chegada e Toque de Despedida; utilizando essas flautas.

O som do Pife Muderno vem da mistura de flautas de diferentes etnias, feitas de bambu: Jaqúi, Vetuiá, Uruá (Alto Xingú); Bansuri (Índia); Di-Zi (China); Pife (nordeste do Brasil). Ainda temos as flautas em dó, em sol e as raras flautas-baixo em forma de bengala, o saxofone soprano, os pandeiros, zabumba, triângulo, caixa e pratos, trazendo elementos da tradição para conviverem com linguagens contemporâneas, criando um diálogo sem fronteiras, amalgamando a voz original de um conjunto camerístico e muito Popular Brasileiro.

As possibilidades sonoras do Pife Muderno são também infinitas, graças ao talento dos artistas envolvidos há mais de 10 anos neste projeto: Carlos Malta (arranjador, compositor, flautista e diretor artístico), Andréa Ernest Dias (flauta), Oscar Bolão (caixa e pratos), Marcos Suzano (pandeiro), Durval Pereira (zabumba) e Bernardo Aguiar (pandeiro). No CD temos também a participação especial do violoncelista Hugo Pilger e do arranjador Luis Brasil.

Fonte : Delira Música

Site : Carlos Malta

Paru Rapidshare


Entries e comentários feeds.