Guem – Live à L’Élysée Montmartre (2001)

17 de setembro de 2008 às 0:41 | Publicado em Guem | Deixe um comentário


” A música pertence a todo mundo , e como gosto de dizer, o ritmo não é preto… cada verão tem algo a dar, minha meta é acordá-lo.” GUEM . Descendente de escravos Nigerianos, nasceu no sul da Argélia. Logo cedo foi mergulhado no universo da percussão, sua tradição familiar centrou-se ao redor da música e entregou a ele os segredos grandes do diwan. Na França nos anos 60, começou uma carreira futebolista profissional, notava-se muito rapidamente que seu futuro intimamente seria ligado ao das peles. Guem mostra em seu trabalho percussivo: força, melodia, ritmo, alegria , tristeza, espiritualidade e paixão.

Fonte: nocturne

Guem Rapidshare

Zabé da Loca – Da Idade da Pedra

10 de setembro de 2008 às 21:34 | Publicado em Zabé da Loca | 2 Comentários


Zabé Rapidshare

Andanças – Recife – Pernambuco – Brasil

8 de setembro de 2008 às 20:56 | Publicado em carlos malta e pife muderno, Série "Andanças" | Deixe um comentário

MIMO 2008- Mostra Interncional de Música de Olinda

Olá, amigos e amigas do batuque! Estou de volta, depois de algum tempo sem postar as Andanças, o que não significa que eu tenha estado imóvel! hehe

Hoje a postagem vem compartilhar algumas sensações vivenciadas na MIMO 2008, que aconteceu de 1 a 7 de setembro em Olinda, PE. O evento promove a confluência da mais apurada música instrumental popular e erudita com a arte barroca das igrejas de Olinda, locais onde os concertos aconteceram. Tive o prazer de acompanhar os dois últimos dias de concerto, nos shows de Siba & Roberto Corrêa e do Carlos Malta, Pife Muderno & Banda Sinfônica Mangaio, que foram momentos inesquecíveis.

A MIMO é um evento que aborda a música instrumental tanto erudita quanto a popular, promovendo a união das duas formas e procurando artistas que se encaixam nessa idéia. Então tivemos concertos de vários nomes da música mundial, como o argetino Ramiro Musotto, o cubano Yasek Mansano, a sueca Sinfonieta Jonkoping, os argentinos do Antique Cordova Ensable, e os brasileiros: a Orquestra Sinfônica do Recife, SaGrama, Siba, o violeiro Roberto Corrêa, Egberto Gismonti, Carlos Malta & Pife Muderno, a paraibana Zabé da Loca… entre muitos outros.

Nesse Andanças, eu gostaria de comentar sobre 3 shows que me interessaram bastante.

Um foi o show de Zabé da Loca, simpática velhinha tocadora de pífe.


“Nascida há 84 anos em Buíque, agreste pernambucano, aos 7 anos arriscou as primeiras melodias nos pífanos, aquelas flautas rudimentares feitas inicialmente com bambu e depois adaptadas para soar com canos de PVC e de metal. Casou-se e foi morar no interior da Paraíba. Deu à luz três filhos e perdeu a casa onde vivia. A única saída foi reunir a família e ajeitar os pertences em uma gruta (uma ‘loca’, como dizem na região). Por lá residiu por 25 anos. A música de Zabé da Loca evoca a tradição das Bandas de Pífanos e vem embalada com a força ancestral da terra que nos dá o sustento. Força reverenciada pelo mago Hermeto Pascoal, com quem já se apresentou; pelos conterrâneos do Cabruêra, que estamparam os pés de Zabé na capa de um disco do grupo; por Makoto Kubota que incluiu uma de suas composições no álbum ‘Nordeste Atômico’, produzido para o Japão; e por Carlos Malta, que fez a direção musical do novo disco da artista, ‘Bom todo’, em turnê de lançamento.” Show muito inesquecível!

O outro foi do pernambucano Siba e do mineiro e violeiro Roberto Corrêa, numa parceria muito bonita.

“O pernambucano Siba foi um dos primeiros a usar rabeca no ambiente da música popular urbana e o mineiro Roberto Corrêa pioneiro na arte de tocar o repertório instrumental de concerto com violas caipira, nordestina e de cocho. Parceiros há muitos anos, são movidos a recriar com inventividade as tradições regionais, alargando a técnica e a estética de seus instrumentos.”
O show foi um misto de trabalhos particulares dos dois artistas, muitos causos que foram divertidíssimos e o dialogar das violas caipiras e de cocho de Roberto, com a rabeca e a viola nordestina de Siba. Cada músico tocou suas canções e outras de domínio público, com destaque para uma versão linda do “Vale do Jucá” de Siba, “Trem caipira”, de Villa-Lobos, em curiosa releitura de Roberto, “Siriema” (Nhô Pai e Mário Zan), que imita o canto dessa ave na viola. Também tocaram uma música da parceira dos dois que se materializará num cd que será lançado em janeiro de 2009, com o financiamento da Petrobrás.
Eu que sou uma grande admiradora de Siba e a viola caipira compõe minha história de vida, por meu pai e avô serem violeiros, fiquei impressionada com esse show, pela união dessas duas vertentes da música do sertão. A poesia das duas, como também os dois sotaques, se encaixaram lindamente numa harmonia impressionante!

O último concerto que gostaria de comentar é do virtuose Carlos Malta, seu Pife Muderno e a parceria com a Orquestra Mangaio, grupo de sopro formado por estudantes do Conservatório Pernambucano de Música.

“Inspirado no terno de pífanos nordestinos, o Pife Muderno funde com primor tradição e contemporaneidade” e apresentou na MIMO a suíte ‘Os elementos em 5 movimentos’, escrita por Malta. Essa obra traduz o diálogo entre a instrumentação sinfônica e uma banda de pife, no qual cada elemento (etéreo, fogo, água, ar e terra) é representado por um conjunto de sons e recriado através de ritmos, melodias e contracantos. O que Malta quis foi traduzir o Brasil em termos de fogo, água, terra, ar e etéreo, o que foi um espetáculo ímpar de apurada técnica, emoção e harmonia.
Um dos momentos mais intensos, foi quando Malta tocou uma flauta do ritual kuarup dos índios do Alto Xingu e antes invocou os mestres presentes em espírito, como o que ensinou a ele tocar o instrumento, os mestres do pífano e o saudoso Mestre Salú.
No fim do bis, ele, tocando seu pífe, junto com os músicos do Pife Muderno, a flautista Andrea Ernest e os percussionistas Oscar Bolão, Durval Pereira e Bernardo Aguiar, saíram em cortejo para fora da catedral da Sé e terminaram com uma sambada pelas ruas de Olinda. Inesquecível!

Foto: Beto Figueroa

Espero que tenham gostado desses passos de nossas Andanças, e que venham os próximos!

Sintam-se livres para comentários e sugestões!
grande abraço.

fontes consultadas e fotos: http://www.mimo.art.br , http://www.diariodepernambuco.com.br/2008/09/09

Tambor?? Tem sim!

6 de setembro de 2008 às 14:15 | Publicado em Uncategorized | Deixe um comentário
Mercado Árabe em Jerusalém.

Aproveito a oportunidade para homenagear o grande Mestre Salustiano! Com sua rabecada infinita, com seu corte de apito, com a pisada macia do seu Maracatu, vai fazer falta aqui na Terra! Fique com Deus, grande Mestre que estará sempre no nosso imaginário, no nosso som e nos nossos corações. Nosso luto será de cabeça erguida, prontos pra seguir seu exemplo de determinação, luta e criatividade.
Equipe Batuque Brasileiro

Mestre Cardoso – Galo de Campina (2005)

4 de setembro de 2008 às 21:52 | Publicado em Mestre Cardoso | Deixe um comentário


José Ribamar Cardoso nasceu na Parnaíba, Piauí, em 4 de janeiro de 1933, filho de João Cândido Cardoso e Maria Francisca Cardoso. Aos dez anos começou a brincar em bois tradicionais da região, entre eles os de Martiliano, Chico Camilo, Antônio Leal e José Calebre. Com o parceiro e amigo de escola Geraldo Magela do Carmo, montou aos 14 anos o Boi Dominante. O ano era 1947.
Com 20 anos vai para Coroatá, no Maranhão, onde conhece sua esposa Raimunda Lima da Silva. Com ela teve 14 filhos, dos quais seis sobreviveram. Em 1954, com 21 anos, muda-se para Carutapera. Logo depois chega no Pará, morando em Viseu, Bragança e Capitão Poço, até vir para Ourém em 1993, onde está até hoje. E até hoje, como faz há quase seis décadas, Cardoso coloca o boi para brincar todos os anos.
Trabalhou como agricultor e vaqueiro nas diversas regiões onde morou. Atualmente é amo do boi Ouro Fino. Das faixas deste CD, ‘Eu mandei fazer uma rosa’, ‘O Ataque de Nova York’, ‘A prisão de Saddam Hussein’, ‘Mandei fazer uma trincheira ontem ‘ e ‘Adeus morena’, são toadas cantadas pelos integrantes do seu brinquedo.”

Os músicos que participaram das gravações são: Aristides Borges (cavaquinho); João “Cego” da Silva Matos (sanfona e coro); Raimundo “Tuíca” da Silva Matos (barrica, pandeiro e coro); Fábio Cavalcante (flauta e coro); Lila Bemerguy (coro) e Mestre Cardoso (maracá, pandeiro, onça e voz)

Valeu Fábio Cavalcante

Mestre Rapidshare

Mestre Salustiano – Sonho da Rabeca

1 de setembro de 2008 às 17:28 | Publicado em Mestre Salustiano | Deixe um comentário

Homenagem ao Mestre Salú !!!!

Sonho da Rabeca Rapidshare

Mestre Salú

1 de setembro de 2008 às 1:25 | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário

Hoje faleceu o grande Mestre Salustiano, uma grande referência na música pernambucana.

O artista popular, Manuel Salustiano Soares, o Mestre Salustiano, nasceu no dia 12 de Novembro de 1945, no município de Aliança. Depois que passou a residir em Olinda, começou a ganhar fama comandando o Cavalo Marinho Matuto. Foi fundador do Maracatu Piaba de Ouro. Em 1997, participou, com o seu grupo, do Festival de Cultura Caribeña, em Cuba.

Em Pernambuco é considerado um “patrono espiritual” da geração manguebeat e o rabequeiro pernambucano. Suas músicas são aclamadas por membros de todas as latitudes artísticas do Recife e do país. Salustiano é um ícone da cultura popular brasileira. Sedutor, intuitivo e talentoso, ele envolve as platéias e faz todo mundo dançar sob os mais diversos gêneros musicais. Foi assessor de Ariano Suassuna na Secretaria de Cultura de Pernambuco. Em 2007, foi homenageado pelo seus 54 anos de carreira recebendo o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Infelizmente não consegui o link do cd pra vocês, mais em breve estará no ar.
Salve o Mestre Salú!


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