Bois de Ourém Vols 1 e 2 ( PA – 2006 )

26 de agosto de 2008 às 20:48 | Publicado em Bois de Ourém | 2 Comentários



Volume 1

Flor-do-Campo
O mais antigo boi de Ourém em atividade é o do Mocambo – localidade quilombola próxima à sede do município. O fundador da brincadeira foi Sebastião dos Santos “Bofiá”, falecido em 1961. Em 64, Julião dos Santos, filho do Bofiá, assumiu o brinquedo e até hoje mantém a tradição. O boi foi vencedor de diversos concursos de Boi-Bumbá realizados na região. O grupo comandado por Julião teve várias denominações, como “Ás de ouro”, “Flor da mocidade”, “Flor da fazenda”, “Mimo dourado” e “Mimo do gado”. O nome “Flor-do-Campo” está registrado há quatro anos.

Ouro Fino
O Ouro Fino surgiu em Ourém, no bairro do Porão, no ano de 1993, junto com a chegada à cidade de seu comandante José Ribamar Cardoso. Nascido na Parnaíba, Piauí, Mestre Cardoso foi amo de boi pela primeira vez, ainda na sua terra natal, aos 14 anos, com o “Dominante”. São quase seis décadas colocando o boi pra brincar. Em 2005, Mestre Cardoso gravou seu primeiro disco – “Galo de campina”.


Volume 2

Pai-do-Campo
Comandado por Faustino Almeida de Oliveira, o boi tem 18 anos de atividades no município de Ourém, quando a família de Mestre Faustino e Dona Miloca (proprietária do boi) se mudaram para o local. Antes disso, o grupo já brincava no Pacuí Claro, localidade do município de Capitão Poço, de onde são originários. Mestre Faustino começou a brincar boi com 10 anos de idade, junto com tios e irmãos, que todo ano montavam o brinquedo. O grupo, que nesses dezoito anos já se chamou “Flor-do-Campo” e “Dominador”, possui 40 integrantes.


Geringonça
O Caçula dos bois de Ourém foi montado em 2005, a pedido do vereador Junhão, que chamou o amo Antônio Pereira de Sousa “Tuíte”, para reestruturar o antigo boi “Geringonça”, de Bené Careca, já falecido. Mestre Tuíte já comandou boi na região de Santarém, local de onde veio, e brinca em parceira com o Pai-do-Campo.

Grande Fábio Cavalcante !!

Bois de Ourém Rapidshare

Rumba En La Habana Con… Yoruba Andabo (Áudio DVD)

20 de agosto de 2008 às 23:28 | Publicado em Yoruba Andabo | Deixe um comentário


Entre as hierarquias da música Afro-Cubana, Yoruba Andabo goza uma soberania especial dentro e fora de Cuba. A primeira semente que deu vida a este grupo foi semeada em 1961 nas docas de Havana, o lugar de nascimento de Rumberos lendários. O nome do grupo combina duas palavras: O Yoruba, a grande terra natal do sul de nações africanas e culturas, e Andabo, que na linguagem Carabalí significa : amigo, seguidor ou admirador.

Pelo seu trabalho, o grupo impôs uma marca distinta, acharam estilo na pureza. A meta que guia os esforços de Yoruba Andabo é a incorporação do libertário.

Nenhum outro grupo podia ter alcançado tal brilho : canto, devoção, dança e beleza. Rumba sensual, Guaguancó, Toque de Santo, Canção, Abakuá .. . Significam os pedaços de história de um país forjado num cadinho de corridas e encontros com outras culturas.

Fonte: freshsoundrecords

Yoruba Rapidshare

Pai Brasil (Tambor de Mina de Belém do Pará)

17 de agosto de 2008 às 20:18 | Publicado em Tambor de Mina | Deixe um comentário

Áudio captado durante uma homenagem a Ogum, no Terreiro de Tambor de Mina do Pai Brasil, no Bairro Jardim Sideral – Belém – PA .


Valeu Fábio Cavalcante !

Tambor Rapidshare

Maciel Salú e o Terno do Terreiro – A Pisada é Assim

12 de agosto de 2008 às 22:42 | Publicado em Maciel Salú | Deixe um comentário


O som do grupo Maciel Salú e o Terno do Terreiro contagia o público logo às primeiras notas da rabeca e aos primeiros batuques de suas fortes percussões. É impossível ficar parado no show liderado pelo cantor, compositor e rabequeiro Maciel Salú (ex-integrante do DJ Dolores e Orquestra Santa Massa), acompanhado em seu trabalho solo pelos jovens e talentosos músicos do Terno do Terreiro: Juliano Holanda (Baixo, Bandolim, Viola de Dez Cordas e Voz), Bruno Lopes (Percussão e Voz), Rudá Rocha (Percussão), Zé Mário Freitas (Percussão) e Tiné (Percussão e Voz). O som de Maciel Salú se destaca por sua autenticidade nas melodias, nas letras e na atitude do artista.

O grupo integra a cena pernambucana contemporânea, caracterizada pela renovação das tradições, e de sua releitura dentro de um cenário marcado por elementos globais e universais. Filho do respeitado Mestre Salustiano, Maciel Salú cresceu em contato permanente com a riqueza cultural pernambucana, em meio a sambadas de maracatu, brincadeiras de cavalo marinho, cirandas, cocos e forrós. Mas Maciel cresceu na cidade, e sua arte é como ele mesmo, uma ponte entre o tradicional e o novo.

Fonte: Música de Pernambuco

Maciel Rapidshare


Grupo Kangoma – Vissungo 2

10 de agosto de 2008 às 23:30 | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário

Um dia garimpando pela net, achei esse grupo, muito massa!
E aproveitar e mandar um axé master para o “Yan Kaô” percussionista do Kangoma, sucesso pra vocês!!

“…Tava durumindo Kangoma me chamou, alevanta minha gente cativeiro se acabou…”

Grupo Kangoma

Kangoma, nome do dialeto kibundo, que quer dizer “celebração dos tambores”, nascido há mais de 10 anos, traz no seu bojo musical a mistura do som da música de raiz com uma interpretação contemporânea; uma louvação à ancestralidade da arte brasileira e mundial.

Sua diversidade rítmica e melódica nasce da experiência de seus componentes, discípulos de mestres instrumentistas não-convencionais. Sua música se apresenta em um leque que abrange a música erudita, a música de raiz brasileira, entre elas os côcos nordestinos, em que se observa uma similitude com a música árabe, os jongos, interpretados muitas vezes com um toque do dunumbá africano, congadas, bois, cantos de louvação indígenas e o swing da música negra mundial.

O lastro da música do Kangoma é feito da interação do canto feminino à percussão que navega nos timbres mais delicados até os tambores mais guturais tendo como ponte de ligação o contrabaixo. Essa formação inusitada faz com que o trabalho do Kangoma seja único e impressionante.

Sua música nos remete ao imaginário popular trazendo lembranças de experiências musicais vividas e por viver. É às vezes o doce necessário para acabar com o esmorecimento, a erva forte e amarga que na mistura com a água, cura uma doença que está por surgir, é a água fresca na cabeça, o sol forte que escurece a visão, é o imaginário… é o imaginário…

Fonte: http://www.kangoma.com.br

Mosaico Musical dos Quilombos

5 de agosto de 2008 às 19:06 | Publicado em Mosaico Musical dos Quilombos | 1 Comentário


Realizado em parceria com a Fundação Palmares, reúne práticas musicais de três comunidades remanescentes de quilombos: Mato do Tição (MG), Osório (RS) e Santa Rosa dos Pretos (MA). Côco, Tambor de Mina, Bendito, Maçambique, Lendas, Candombe, Ciranda, Ladainha.

Fonte : Cachuera

Mosaico Rapidshare

Andanças – Recife – Pernambuco – Brasil

2 de agosto de 2008 às 23:00 | Publicado em Série "Andanças" | Deixe um comentário

DIA ESTADUAL DO MARACATU 1º DE AGOSTO

Olá, batuqueiros e batuqueiras de todo o mundo!
Ontem, 1º de Agosto, foi comemorado o Dia Estadual do Maracatu, em Pernambuco, uma lei estadual que há 10 anos foi aprovada a fim de homenagear esse folguedo que virou símbolo do estado, patrimônio e orgulho do povo pernambucano.
Apesar de todo ano ter o dia do maracatu, nunca foi feita nenhuma comemoração estadual para sua data. Falta de iniciativa, não sei, talvez muito devido ao maracatu não precisar da data pra ter visibilidade, pois antes disso já se tornava forte, vencendo as barreiras impostas pelo preconceito que sofre todas as manifestações de origem africana, como vemos na história do nosso país.

Porém, nesse ano, a prefeitura de Olinda organizou uma homenagem, com a presença de várias Nações e grupos de maracatu, especificamente o maracatu de baque virado, às 17h do dia 1º, em frente à Prefeitura.

Foto: Pedro Jatobá

O Maracatu Nação Leão Coroado abriu o evento. Com toda sua força e tradição, maravilhosamente, prestaram a homenagem a seu Mestre eterno, Mestre Luiz de França, cujo nascimento data de 1º de agosto, dia esse escolhido sabiamente para ser o dia da manifestação popular que Mestre Luiz de França lutou e defendeu até o seus últimos dias.

Logo após a abertura, outras nações e grupos vieram passando em cortejo, fazendo suas apresentações na porta da Prefeitura de Olinda. Vieram Maracatu Luanda, Maracatu Axé da Lua,
Maracatu Nação Camaleão, Grupo Percussivo Conxitas (um grupo composto só de mulheres), Maracatu Nação Pernambuco, Maracatu Rum-Pi-Lê, Maracatu Nação Estrela Brilhante de Igarassu, Maracatu Nação Porto Rico e Maracatu Badia.

O Estrela Brilhante de Igarassu foi um que me emocionou. Que pisada forte e que tradição eles carregam! Dá pra ver que por onde passam, estão protegidos e acompanhados pelos acentrais. Dona Olga, descendente dos criadores da Nação, canta maravilhosamente as todas com seu filho e mestre

No final de todas as apresentações, todos os grupos se juntaram nas palavras e toadas do Mestre Afonso, do Maracatu Nação Leão Coroado, prestaram homenagem ao Mestre Luiz com uma rufada de tambores emocionante, fechando a noite tocando e cantando juntos toadas, provocando um resultado forte e ensurdecedor!

Logo após, como em toda sexta-feira, há o Maracatu de rua Traga a Vasilha, organizado pela Nação Estrela Brilhante do Recif, onde quem quiser tocar traz seu instrumento e se reúne no Recife Antigo às 23h e o baque rola solto até tantas da madruga! Só que nesse dia choveu muito e tivemos que nos esconder numa marquise, ao lado do estacionamento. Daí, fomos acuados pela polícia, que não queria que tocássemos ali. Foi muito tensa a negociação, pra provar para os policiais que não estávamos fazendo baderna, mas sim, cultura, que estávamos na agenda cultural da cidade como evento permanente. Um dos integrantes que deu uma batida no tambor durante a conversa foi ameaçado de prisão, o polícia até tirou as algemas ameaçando-o. Mas com muita cuca fria dos organizadores do Traga, muita compreensão dos batuqueiros foi resolvida a situação e voltamos a tocar. Mas fica aqui registrada a indignação com relação à polícia, que reflete muito o pensamento de nossa sociedade: a não valorização e marginalização da arte do povo, como antigamente, onde maracatu, candomblé, capoeira, eram proibidos e davam cadeia. E tudo isso lembrado e acontecido justo no “dia estadual do maracatu”.

Esse post foi para registrar os acontecimentos ao dia estadual do Maracatu e lembrar o grande Mestre Luiz de França, que presidiu o Maracatu Nação Leão Coroado por anos. Como também lançar uma pontinha de reflexão sobre tudo isso.

Aproveitem para procurar mais sobre os vários grupos que passaram pela festa em Olinda!

Termino com uma toada cantada pelo Leão Coroado. Beijos, até a próxima!

“O Mestre Luiz de França foi o nosso professor
a tocar o Baque Virado, foi ele nos ensinou”


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